Progressão de Ocorrências de Focos de Calor em Terras Indígenas e Unidades de Conservação

Lucas Martiniano
3 min readOct 21, 2020

Projeto desenvolvido como atividade avaliativa em Ciência de Dados

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) disponibiliza diversas bases de dados sobre o país. Neste artigo, usei os dados da pesquisa de Indicativos do Desenvolvimento Sustentável para acompanhar visualmente a progressão da ocorrência de focos de calor em Unidades de Conservação (terras indígenas e reservas), com o intuito de acompanhar a situação de preservação socioambiental garantida por essas unidades com o passar do tempo.

Tecnologias

Para acessar, tratar e analisar os dados disponibilizados pelo IBGE, usei a linguagem de programação Python, com auxílio dos módulos pandas, numpy, requests, bs4 e colour.

Acesso e Tratamento de Dados

Das bases de dados do IBGE, foram utilizadas duas das pesquisas agregadas: (1) Número de focos de calor em Terras Indígenas e Unidades de Conservação federais e estaduais, segundo as Grandes Regiões e as Unidades da Federação (sob identificador 3930) e Área da unidade territorial (Brasil ou Unidade da Federação), número e área das unidades de conservação, e proporções em relação à área da Unidade da Federação e à área territorial brasileira (5626); e uma dos dados de localidade: Conjunto de Unidades da Federação do Brasil. O Acesso as bases foi efetuado por meio da API do instituto.

A biblioteca pandas oferece recursos de estruturação, tratamento e visualização de dados e foi indispensável na manipulação das três bases de dados para compor uma única base com informações a respeito dos focos ocorridos nos anos 2014, 2015 e 2016.

Visualização e Ferramentas Gráficas

Além dos dados tabulares, o IBGE oferece malhas geográficas do território brasileiro em diferentes granularidades de acordo com as divisões político-administrativas. Essa ferramenta foi utilizada para renderizar o mapa do país dividido por Unidades Federativas nos três anos abordados no estudo.

Malha geográfica do brasil
Malha geográfica do Brasil dividida por Estados

A API do instituto permite a definição da qualidade da imagem da malha e até mesmo a escolha de qual região política será retratada. Há previsões de disponibilização de maior granularidade como bairros e outras divisões interiores aos municípios.

Para representar a taxa de focos de calor nas unidades de conservação por número de unidades foi preciso definir um espectro de cores para preencher o mapa de acordo com os valores encontrados para cada estado. A cor de valor mínimo utilizada foi um tom de cinza (#EFE9EA) e, a de valor máximo, um tom de vinho (#A00315).

Metodologia e Desenvolvimento

Informações precisas a respeito do procedimento metodológico e organização e implementação dos códigos em python podem ser visualizadas no jupiter notebook disponível no repositório do meu GitHub.

Resultados

Progressão de Ocorrências de Focos de Calor em Unidades de Conservação
Progressão de Ocorrências de Focos de Calor em Terras Indígenas e Unidades de Conservação por Número de Terras Indígenas e Unidades de Conservação em cada Estado

Com o processamento dos dados, chegou-se à imagem acima. Quanto mais avermelhado estiver o estado, maior a taxa de ocorrências de focos de calor em terras indígenas e unidades de conservação pela quantidade destas reservas nos anos 2014, 2015 e 2016.

Ao menos nos anos abordados, é visível a maior taxa em alguns estados do Nordeste, Sudeste e Sul. Ressalta-se que essas regiões não necessariamente registraram mais focos, mas a razão do número de ocorrências pela quantidade de unidades de conservação foi mais elevada.

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