Progressão de Ocorrências de Focos de Calor em Terras Indígenas e Unidades de Conservação
Projeto desenvolvido como atividade avaliativa em Ciência de Dados
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) disponibiliza diversas bases de dados sobre o país. Neste artigo, usei os dados da pesquisa de Indicativos do Desenvolvimento Sustentável para acompanhar visualmente a progressão da ocorrência de focos de calor em Unidades de Conservação (terras indígenas e reservas), com o intuito de acompanhar a situação de preservação socioambiental garantida por essas unidades com o passar do tempo.
Tecnologias
Para acessar, tratar e analisar os dados disponibilizados pelo IBGE, usei a linguagem de programação Python, com auxílio dos módulos pandas, numpy, requests, bs4 e colour.
Acesso e Tratamento de Dados
Das bases de dados do IBGE, foram utilizadas duas das pesquisas agregadas: (1) Número de focos de calor em Terras Indígenas e Unidades de Conservação federais e estaduais, segundo as Grandes Regiões e as Unidades da Federação (sob identificador 3930) e Área da unidade territorial (Brasil ou Unidade da Federação), número e área das unidades de conservação, e proporções em relação à área da Unidade da Federação e à área territorial brasileira (5626); e uma dos dados de localidade: Conjunto de Unidades da Federação do Brasil. O Acesso as bases foi efetuado por meio da API do instituto.
A biblioteca pandas oferece recursos de estruturação, tratamento e visualização de dados e foi indispensável na manipulação das três bases de dados para compor uma única base com informações a respeito dos focos ocorridos nos anos 2014, 2015 e 2016.
Visualização e Ferramentas Gráficas
Além dos dados tabulares, o IBGE oferece malhas geográficas do território brasileiro em diferentes granularidades de acordo com as divisões político-administrativas. Essa ferramenta foi utilizada para renderizar o mapa do país dividido por Unidades Federativas nos três anos abordados no estudo.
A API do instituto permite a definição da qualidade da imagem da malha e até mesmo a escolha de qual região política será retratada. Há previsões de disponibilização de maior granularidade como bairros e outras divisões interiores aos municípios.
Para representar a taxa de focos de calor nas unidades de conservação por número de unidades foi preciso definir um espectro de cores para preencher o mapa de acordo com os valores encontrados para cada estado. A cor de valor mínimo utilizada foi um tom de cinza (#EFE9EA) e, a de valor máximo, um tom de vinho (#A00315).
Metodologia e Desenvolvimento
Informações precisas a respeito do procedimento metodológico e organização e implementação dos códigos em python podem ser visualizadas no jupiter notebook disponível no repositório do meu GitHub.
Resultados
Com o processamento dos dados, chegou-se à imagem acima. Quanto mais avermelhado estiver o estado, maior a taxa de ocorrências de focos de calor em terras indígenas e unidades de conservação pela quantidade destas reservas nos anos 2014, 2015 e 2016.
Ao menos nos anos abordados, é visível a maior taxa em alguns estados do Nordeste, Sudeste e Sul. Ressalta-se que essas regiões não necessariamente registraram mais focos, mas a razão do número de ocorrências pela quantidade de unidades de conservação foi mais elevada.